TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6824/2020 - Segunda-feira, 27 de Janeiro de 2020
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a acusada permaneceu sozinha ao computador entre 8h e 8h30; que depois Luane a ajudou e foi embora;
que quando Gláucio chegou eles verificaram as contas da empresa e ela notou a transferência de R$
15.000,00; que questionou Gláucio e ele alegou que não havia feito a transferência; que Gláucio ligou à
gerente do banco e esta detectou que a transferência havia sido para a conta de L. Barros; que Gláucio
lembrou que este era o sobrenome do namorado de Luane; que não sabe se Gláucio chegou a contatar os
acusados; que Gláucio saiu da loja e quando ligou, mandou-lhe ir à delegacia; que Gláucio saiu para
resolver essa questão; que foi feito balanço e se constatou que Luane havia feito outras transferências
enquanto ainda trabalhava na empresa; que o valor de R$ 15.000,00 foi devolvido e a tia da acusada
devolveu R$ 600,000 a Gláucio; que o prejuízo foi de R$ 60.000,00; que as operações eram feitas no
notebook; que dois computadores na loja tinham acesso à conta do Sicredi; que esses computadores
eram o do Gláucio e o dos operadores; que para se ter acesso à conta precisava-se de um token; que
esse token ficava dentro da gaveta, guardado; que eram três operadores na loja; que depois do fato não
chegou a conversar com Luane nem com Leonardo sobre o que teria acontecido; que quando passou a
trabalhar na loja, Luane ainda não havia saído; que Luane deu a ela um treinamento de 15 dias; que nessa
época não percebeu nada; que esses R$ 15.000,00 estavam na conta de Leonardo e a advogada da
vítima entrou com um pedido e esse valor foi devolvido; que R$ 600,00 foram devolvidos pela tia da
acusada. A testemunha Celiane de Sousa Santana declarou em juízo: Que trabalhava na loja há dois anos
e meio; que não tinha percebido nenhuma atitude suspeita de Luane; que trabalha no setor de vendas,
que tinha contato diário com a acusada; que cheques e afins eram repassados à acusada; que não lembra
há quanto tempo Luane trabalhava lá; que apenas Luane tinha acesso à questão financeira da empresa;
que além dela apenas Gláucio fazia a movimentação financeira da empresa; que só conhecia Leonardo de
vista; que Leonardo era namorado de Luane; que ficou sabendo da situação dos furtos quando retornou de
seu horário de almoço; que Luane já havia sido desligada da empresa; que Luane tinha ido à empresa
ajudar Poliana; que apesar de ter se desligado da empresa, Luane ainda possuía a confiança de Gláucio;
que Leonardo não estava na empresa; que quando chegou do almoço lhe falaram que dinheiro havia sido
desviado da conta da empresa; que o dinheiro foi transferido para a conta do namorado de Luane; que
apenas no dia do depoimento, na delegacia, ficou sabendo das outras transferências; que recebia o salário
em dinheiro vivo; que não sabe dizer se o pagamento da acusada também se dava por esta forma; que o
pagamento era individual; que quem pagava o salário era a acusada; que só tem conhecimento do
prejuízo do dia; que não sabe qual o trabalho de Leonardo; que ninguém mais tinha acesso a essas
contas; que não houve acesso de outras pessoas a esses computadores; que ninguém comentou com ela
sobre devoluções desses valores; que não soube se os acusados apresentaram alguma justificativa por
terem subtraído estes valores. As demais testemunhas não contribuíram para instrução criminal. Em
juízo, no seu interrogatório, o réu Leonardo de Sousa Barros declarou: Que no dia que os quinze mil foram
transferidos ele estava em sua casa; que Luane dormia na casa dele às vezes; que a acusada foi à
cidade; que mais ou menos ao meio-dia dois rapazes foram à casa dele; que os rapazes eram Patrício e
Juninho; que os rapazes perguntaram da acusada; que falou que ela estava na cidade; que eles pediram a
ele que os acompanhasse; que disseram a ele que depois de devolver o dinheiro transferido para sua
conta eles o trariam de volta; que vestiu uma roupa e os acompanhou; que não sabia dessa transferência
de Luane, feita para sua conta; que Luane ficava com seu cartão e tinha a senha, pois era caminhoneiro e
viajava muito, passava 3 ou 5 dias fora, até mais dependendo do estado da estrada; que dentro de cinco
minutos, Luane chegou; que constatou que havia quinze mil em sua conta; que no banco estavam Patrício,
Juninho; que chegou ao banco sem Luane; que Luane chegou depois; que a polícia estava esperando lá
embaixo; que subiram para o andar superior com o gerente do banco; que Luane ligou para a advogada e
está falou que deveriam ir à delegacia, que o investigador estava esperando-os; que o investigador levouos à delegacia; que o investigador não os algemou; que foram conduzidos à delegacia; que o delegado
mandou que fossem algemados e enviados para a sala dele; que o delegado o algemou e o chamou de
"bandido", "vagabundo", "filha da puta" e esfregou a pistola em sua cara; que perguntou o que estava
acontecendo; que foi torturado; que Luane estava presente e assistiu a isto; que estava esperando este
caso ser resolvido para tomar providências contra o delegado; que Luane falou "Para com isso! Tu pensa
que tu tá de farda e tem autoridade de fazer isso com qualquer pessoa?"; que o delegado disse então:
"Bora aquietar por aqui que quem manda aqui é a mulher, que ele aqui é um merda"; que estavam
esperando um outro delegado; que o outro delegado chegou e também não fez nada; que o prenderam;
que 19h ou 20h o seu celular foi retirado dele; que não teve direito a ligações; que o levaram e o
prenderam; que retiraram suas roupas; que isto aconteceu dia 15; que o carcereiro o levou para assinar
um papel; que mandaram ele assinar um papel; que não pediram depoimento dele; que não mandou
Luane depositar esse dinheiro; que não combinou nada com Luane; que viu Luane pela manhã; que Luane
dormiu com ele e foi à cidade pela manhã; que quando Patrício e Juninho falaram que Luane que havia